quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Pensamentos gerais sobre a Globalização

Wederson Geovane de Paula, Bom Jardim de Minas.

O termo

Há décadas o termo globalização faz parte dos assuntos tratados nos meios de comunicação, seja pela mídia ou imprensa. Globalização pode ser compreendido rusticamente pela redução das sociedades isoladas do mundo em uma aldeia global, termo também muito usado.

Em suma a globalização é a tendência de transformar o mundo em um mercado global. Na globalização todos os processos são integrados tal como seus agentes humanos. A globalização, no entanto, é um sentido no qual os mercados tendem a seguir, visto que a globalização plena ainda foi alcançada.

Certa vez em uma exibição para a televisão, nos Estados Unidos da América, o economista Milton Friedman ao participar de uma gravação, que tratava o liberalismo, tirou do bolso um lápis e proferiu uma frase que ficou eternizada: “Não há uma única pessoa no mundo capaz de produzir este lápis.” A afirmação podia parecer extraordinária, mas Friedman explicou por que de tal afirmação era verdadeira.

Friedman pode ter dito aquela época o mais perfeito significado de globalização. Friedman fez a explicação de que o lápis não era um produto tão simples, como se podia supor. O lápis possuía uma madeira que possivelmente teria vindo de alguma floresta em Washington. Para derrubar a árvore mãe do lápis foi necessária uma serra. Para fazer a serra foi necessário aço. Para fazer o aço foi necessário minério de ferro. A ponta do lápis é feita de grafite comprimido, que talvez pudesse vir de alguma mina no continente sul-americano. Na outra extremidade havia um material vermelho, o apagador, feito de borracha que segundo Friedman possivelmente veio da Malásia, extraída de uma seringueira que sequer era nativa, que por sua vez havia sido exportada do Brasil. O envoltório de latão e as linhas vermelhas e pretas expressadas pela tinta poderiam ter vindo de qualquer lugar do mundo, tal como a cola que mantinha o lápis unido.

Verdadeiramente disse Friedman: “Milhares de pessoas cooperaram para fazer este lápis.” Pessoas estas que não falavam a mesma linguagem e que não praticavam a mesma religião. Pessoas, que segundo Friedman, poderiam se odiar caso se encontrassem. Quando Milton Friedman se dirigiu a uma determinada loja para comprar aquele lápis ele trocou pouquíssimos minutos de tempo de trabalho por alguns segundos de cada uma daquelas milhares de pessoas que fizeram o lápis.

Aquele lápis, que foi resultado do trabalho de milhares de pessoas, podia ser adquirido pelo seu consumidor final por um preço extremamente acessível. Friedman ao comprar aquele lápis interagiu com milhares de pessoas tão diversas entre si.

Esta história exemplifica a globalização.

O desenvolvimento do Globo


A História Moderna


É impossível falar de globalização sem falar do desenvolvimento socioeconômico. Hoje nos deparamos com toda a sorte de produtos que atendem as necessidades do nosso quotidiano. Quando acordamos tem acesso ao pão, cujo o trigo veio de fora do país, e o café produzido em Minas Gerais. Logo em seguida usamos um creme dental composto por uma grande variedade de produtos do recheio à embalagem. Ao saímos de casa nossos pés são protegidos da dureza e hostilidade do chão por um calçado que pode ser um tênis, bota ou chinelo que podem ter sido produzidos em qualquer parte do mundo.

Entretanto nem sempre foi assim. Nos dias de hoje qualquer um dos bilhões de seres humanos do mundo globalizado e até os chamados excluídos podem desfrutar de melhores condições de vida que os monarcas de eras anteriores a revolução industrial, isto é, na era pré-capitalista.

O mundo como conhecemos hoje começou na Inglaterra. Ao passo que do outro lado do Canal da Mancha ocorria sangrentas revoluções a fim de achar qual modelo político poderia trazer melhores condições de vida aos franceses, os ingleses tinham o mesmo objetivo, mas optaram pela via econômica.

No ano de 1800 a população mundial atingiu pela primeira vez que sem tem registro, provavelmente não houveram outras, um bilhão de habitantes. O segundo bilhão veio 123 anos depois. Somente 33 anos até o próximo bilhão. Depois 15, depois 12 e novamente 12 anos. No ano vigente ou anterior à maioria dos nascidos estudantes desta turma o mundo chegou a seis bilhões de seres humanos em uma taxa de crescimento nunca antes observado. Em 33 anos, de 1923 a 1956 a humanidade presenciou um crescimento de 50% de uma população contada aos bilhões. De antemão é possível supor que condições de vida melhoraram para que fosse possível abrigar e manter um número tão elevado de pessoas. Isso será tratado no decorrer de todo o trabalho.

Durante o século XVIII começou a cair o sistema do Feudalismo e deu origem à um novo sistema, o Capitalismo. No antigo regime, o Feudalismo, o status de homem permanecia inalterado durante toda a sua vida. A representação de um homem ou mulher para a sociedade era-lhe outorgado pelos seus progenitores ou reis, e apenas por esta herança se permitia subir na escala social vigente. Mas por vezes era permitido descer por meio da desgraça de um “micro cataclismo”.

A produção deixou de ser direcionada ao pequeno grupo de abastados e passos a ser direcionado às massas, cada vez mais crescentes. As populações deixaram o campo e a fome para viver nas cidades e trabalhar nas indústrias. Em épocas anteriores e no começo dessa nova era a sobrevivência era o objetivo principal. Muitas horas de trabalho era necessário para que se pudesse produzir bens suficientes para patrocinar o seu sustento. Conforme foi se acumulando capital, isto é, bens (produtos), um número menor de horas de trabalho era necessário para a subsistência e o excedente passou a ser o tão famoso acúmulo de capital. O capital acumulado, isto é, a poupança, virou investimento dando sequência a um ciclo virtuoso de nome hoje bem conhecido, o Capitalismo.

A população inglesa cresceu e enriqueceu mais que todas as outras nações então existentes no mundo. Não obstante esse estilo novo de fazer as coisas, ou de deixa-las fazer-se, permitiu um inigualável aumento da Ciência e Tecnologia. Tal fenômeno não foi mais barrado e perpetua até hoje. Sir Isaac Newton (1643 – 1727), certamente o maior cientista de todos os tempos, felizmente veio a existir no começo deste ciclo virtuoso e começou a dar os primeiros saltos, não passos, da Ciência. Após Newton veio uma enxurrada de grandes cientistas de maioria inglesa.

Apesar de que a Europa tenha se beneficiado bastante da prosperidade inglesa, devido à proximidade geográfica e cópia de método, mesmo que tardia, foram os Estados Unidos o grande beneficiado do capital inglês. A estreita relação histórica e cultural entre a América anglófona e a Inglaterra favoreceu o investimento privado inglês neste novo mundo. Não se pode, é claro, negligenciar que o espírito nacional de liberdade proclamado pelos pais fundadores dos Estados Unidos foi de grande valia para o espetacular desenvolvimento provado por este país.

Este tipo de relação entre esses países inaugurou o que viríamos a conhecer como globalização. Os mercados, isto é, as interações voluntárias entre as pessoas de diferentes países e diferentes funções e habilidades, cresciam à medida que entravam em contato uns com os outros. Ao contrário do que se pode supor por uma análise extremamente superficial é que os mercados não empobreciam unilateralmente quando entravam em contado, mas enriqueciam juntamente.

À medida que a produção de bens aumentava a demanda das massas iam-se satisfazendo e elevando o padrão de vida dos indivíduos conforme seus desejos. Na fábula poetizada por La Fontaine a formiga trabalhava noite e dia e a cigarra procrastinava. Durante o verão a formiga acumulava alimento para passar a tortuosa estação. Quando chegou o inverno a formiga sobreviveu às adversidades e a cigarra pereceu. Triunfou o estilo de vida da formiga sofre a cigarra. Como se sabe no mundo real venceu a formiga sobre a cigarra, mas não premiou o modelo do formigueiro como veremos nas páginas seguintes.

A história contemporânea


Apesar do enorme crescimento socioeconômico e humano em todos os sentidos a plenitude dos habitantes do globo não alcançam ainda os louros deste progresso. Pelo menos não no grau máximo a qual outras sociedades desfrutam. Embora estimativas percebem que a desnutrição seja extinta no ano de 2040, a realidade dos dias atuais revela um cenário com distintos graus de desenvolvimento. A isto pode se chamar de desigualdade da globalização.

Países que tiveram sua capitalização mais cedo encontram-se em elevado grau de desenvolvimento em vários aspectos. Em contrapartida os países que começaram esse processo tardiamente, com algumas exceções, ou não foram bem-sucedidos em começar ou até mesmo tiveram este processo interrompido encontram-se em graus baixos ou extremamente baixos de desenvolvimento econômico, social e humano.

Países capitalizados precocemente como Estados Unidos, Reino Unido e França tem um elevado número de cientistas e pesquisadores, o que retorna crescimento em tecnologia. Países que “correram atrás do prejuízo”, como o caso da Coréia do Sul, conseguiram atingir o alto patamar dos países desenvolvidos.

É notório observar que a grande maioria dos países que entraram tardiamente na onda da capitalização o foram coagidos a retroceder neste sistema sofrem por baixos índices de desenvolvimento humano, tecnológico e econômico.

A África atingida por guerras internas e externas teve seu desenvolvimento barrado em demasia por destruição de vidas humanos e recursos necessários à manutenção da sadia vida humana.

Concomitantemente estes países tribulados pela guerra pelo poder foram dominados por regimes socialistas que impediram e ainda impedem o desenvolvimento em suas mais variadas formas. Um caso clássico deste último é Angola, que apesar de uma proximidade geográfica com a próspera

África do Sul não consegue seguir o mesmo caminho.

Apelidada de cortina de ferro por Ronald Reagan, a fronteira que engloba os países do Leste Europeu que ficaram sob o regime socialista soviético provam graus bem mais modestos de desenvolvimento, hoje com menor discrepância.

A exclusão dos países ao modelo bem-sucedido advindo da globalização é na maioria das vezes doméstico. Na maioria de casos o fracasso no avanço social e econômico veio pela auto-exclusão do modelo social e produtivo adotado pioneiramente por Inglaterra e Estados Unidos. Em outros casos a má condução pelas forças do estado, ou simplesmente a condução, tem prejudicado o avanço social dos países.

A desigualdade e a pobreza

A pobreza caracterizada


Pobreza é caracteriza pela baixa posse de recursos. Pobreza tem como consequência um baixo grau de índices de desenvolvimento, sejam estes índices educacionais, econômicos ou sociais. Conceitua-se pobreza humana como a situação na qual o flagelado por esta situação não consegue atingir patamares mínimos de padrão de vida. Chama-se de pobre o indivíduo ou sociedade que se enquadra em situação de pobreza.

A pobreza se manifesta em três naturezas sociais. A primeira delas é a pobreza integrada, onde o número de pobres é proporcionalmente grande e não se nota facilmente diferença entre diferentes graus de renda. É caso comum de países subdesenvolvidos.

A segunda é a pobreza desqualificante, onde os pobres não são tão numerosos e por este motivo a disparidade de qualificação é notável. Os pobres são neste caso evidenciados pelo baixo potencial produtivo, visto que normalmente apresentam baixa capacidade de trabalhos que venham a produzir bens de ordem mais alta, isto é, produtos (e serviços) mais distantes do consumidor e por consequência mais complexos. Este tipo de pobreza possível de se encontrar em países desenvolvidos, que segundo os autores do livro didático em uso a manutenção deste estado de pobreza por programas assistencialista deixam um sentimento de inutilidade social.

A terceira forma pela qual a pobreza se manifesta é a pobreza extrema, onde os baixíssimos graus de desenvolvimento e acesso aos recursos são generalizados. Caracteriza normalmente os países pobres.

Entendendo a desigualdade e sua relação com a pobreza


Desigualdade costuma ser referida a disposição diferencial de renda. As vezes erroneamente o verbo “disposição” pode ser trocado “apropriação” por ignorar o significado semântico das duas palavras.
Dois indivíduos são desiguais, isto é, diferentes, quando uma ou mais de suas propriedades intrínsecas ou categorizadas apresentam diferentes valores ou estágios de valores. São, portanto, desiguais em renda os indivíduos ou sociedades que apresentam entre si diferentes graus ou valores de renda e condições de vida.

É absolutamente adequado dizer que desigualdade não é de forma nenhuma um problema, mas sim a já caracterizada pobreza. Por vezes um problema existente é identificado como desigualdade, sendo que na verdade pobreza é o real problema. Corriqueiramente no meio acadêmico e pseudocientífico trata-se a desigualdade como sendo em si um dos males da humanidade, impedindo o real conhecimento de flagelo, que apesar dos equívocos, felizmente está sendo dizimado. A desconexão da realidade observada pelos acadêmicos se dá por variados fatores, como explica Ludwig von Mises no livro a Mentalidade Anticapitalista, entre eles está a inveja, a soberba e o complexo da incompetência. Sendo a desigualdade uma diferença de estágio de dois pontos não há de se supor que o estágio mais baixo esteja em situação considerada ruim. A negação disso seria um crime filosófico, ainda que algumas variáveis de riqueza e pobreza sejam relativas e subjetivas.

Pode-se exemplificar a confusão que costumeiramente gira em torno da pauta desigualdade descrevemos a seguir. Quando no Parlamento Britânico a então primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, no final de seu terceiro mandato foi questionada pelo líder da oposição, pertencente ao partido trabalhista britânico da desigualdade observada no Reino Unido antes e depois de sua administração ficou clara a problemática da pobreza. A primeira-ministra foi questionada que apesar da maravilhosa recuperação econômica que o país provou nos mais de 11 anos de administração Thatcher e todos tenham enriquecido a diferença de renda dos 10% mais ricos tinha aumentado com relação aos 10% mais pobres. Margaret Thatcher respondeu que embora os 10% mais ricos tenham muito se enriquecido, os 10% enriqueceram também, porém em taxa menor, aumentando a desigualdade, mas mesmo assim elevando o padrão geral de todos os habitantes. Ao final de sua resposta Margaret Thatcher provocou o adversário político dizendo que os socialistas, nicho político ao qual o opositor do Partido Trabalhista Britânico pertencia, preferem ver os pobres mais pobres para que se pudesse contemplar os ricos menos ricos. Tal fato é suficiente para fechar a questão da desigualdade e desmistifica-la como problema em si, visto que sequer é um problema, para pensadores intelectualmente honestos.

O Combate à exclusão


As mais diversas formas foram aplicadas para se combater a pobreza, a desigualdade e a exclusão social. Algumas mais bem-sucedidas que outras. Entende-se a pobreza como um fator preponderante à exclusão social e por consequência exclusão à globalização. Embora a renda e riqueza não sejam os únicos fatores de exclusão, visto que grupos étnicos, religiosos e comportamentais estão sujeitos a discriminação, são os que mais movimentam agentes mudança.

O Socialismo como opção de combate à desigualdade


No princípio do século passado o mundo provou a experiência socialista, onde a desigualdade objetivava-se extinguir. Essas experiências são mais famosas na antiga Rússia soviética, Alemanha nazista e Itália fascista. Com aparentes boas intenções, mas por práticas totalmente severas a experiência socialista mostrou ser um fracasso. Embora tenha conseguido reduzir a desigualdade, aumentou a pobreza nivelando a sociedade por mais baixo. O fracasso do modelo socialista se deu em parte por teorias errôneas da organização da sociedade e por análises equivocadas das interações sociais das mais diversas.

Entretanto apesar de vários fatores contrários ao modelo planificado do Socialismo o seu fracasso se deu pela impossibilidade de realizar o cálculo econômico em uma economia planificada, que anula o sistema de preços. O mesmo sistema de preços que permitiu fabricar o lápis de Milton Friedman.
Modelos diferentes e graus diferentes de Socialismo foram usados para acertar as sociedades de forma que suas condições melhorassem. A Alemanha no período após a Primeira Guerra Mundial adotou um socialismo menos globalista (não confundir com globalizado) e mais nacional, isto é, nacionalista, conhecido como Nacional Socialismo ou simplesmente com a inscrição em alemão, Nazismo. Os resultados foram os mesmos do Socialismo Globalista provado na União Soviética, porém mais curto.

De forma semelhante desenvolveu um modelo mais brando de Socialismo, o Fascismo, onde a sociedade era mais forte junta e caminhando pelos mesmos objetivos. Foi um modelo que apesar das semelhanças com os semelhantes socialismos que antecederam consegue aumentar aos poucos em sociedades democráticas.

A alternativa da Socialdemocracia


A Socialdemocracia é um modelo de Estado no qual a democracia é respeitada dentro dos limites legais e a ascensão social é manipulada pelo próprio Estado com o objetivo de diminuir a pobreza e por ora diminuir a desigualdade.

As socialdemocracias são comuns nos dias atuais. Geralmente a socialdemocracia age por meio de programas assistencialistas, também chamados programas sociais, ou por meio de serviços oferecidos pelo Estado por meio de impostos. A Socialdemocracia não se foca em proteger legítimos direitos naturais, mas estabelecer um conjunto de privilégios em prol de uma rápida ascensão e nivelamento social que por vezes só se faz com a infração de certos direitos naturais inerentes ao ser humano.

O modelo sofre por vezes com crises econômicas por doses aplicadas em excesso. O caso mais calamitoso de Socialdemocracia pode se notar na Europa, onde a onda de imigração fez com que houvesse uma nova estrutura social nesses países, fazendo recebedores tornarem-se pagadores visto a entrada de membros mais pobres. O próprio processo desencadeado por alguns governos europeus tem deslocado ainda mais para baixo a, proporcionalmente, a linha que divide essas duas categorias citadas classificadas pela sua função no jogo. Entretanto isso não ocorre de forma benéfica pois tem-se mudado o padrão de vida que divide as duas categorias. Portugal, Alemanha e França são exemplos desse fenômeno.

Também há de se lamentar o fracasso do programa Affordable Care Act, também conhecido midiaticamente por “Obamacare” implantado pelo governo americano, que propunha universalizar os serviços de saúde. Tal programa foi responsável por ter o efeito contrário e falir o mercado fornecedor de planos de saúde nos Estados Unidos. Milhões de pessoas hoje estão sem assistência médica devido ao programa.

Paradoxalmente as socialdemocracias adquiriram algumas características do Fascismo. No Brasil por exemplo a lei de salário mínimo e demais regulamentações trabalhistas foram usadas para segregar grupos étnicos e sociais durante a Era Vargas. A fixação de valores para salário, como toda regulação de preços, promove distorção e causa escassez. Neste exemplo específico causou escassez de emprego entre aqueles que não podiam render o valor do salário mínimo. Os motivos eram os mais diversos, mas domina a questão da qualificação. A população negra do Brasil recém-liberta foi o principal alvo de segregação das leis trabalhista. Devido ao passado de grandes obstáculos de educação e trabalho os descendentes de escravos do Brasil foram impedidos de ascender socialmente. Tal sistema de segregação e entrave do desenvolvimento humano existe até hoje por meio da Consolidação das Leis de Trabalho.

O Liberalismo como opção de combate à pobreza


O modelo liberal foi o responsável pela formação do sistema pleno de Capitalismo que conhecemos. Como historicamente pode-se perceber o desenvolvimento econômico desimpedido trouxe mais desenvolvimento humano e social que as outras formas propostas à sua substituição. Destaque-se que o Liberalismo foi um modelo de substituição ao Feudalismo, e isso trouxe grandes benefícios sociais e tecnológicos dos quais colhemos benefícios até hoje.

O Liberalismo, entretanto, é vulnerável quanto a intervenções monetárias e fiscais que o Estado pode fazer. O efeito contrário do requerido por meio de várias intervenções estatais desvirtuam o Liberalismo para um modelo intermediário às alternativas a este, o Keynisianismo. Este assunto demanda, porém, um elevado grau de conhecimento de assuntos econômicos, que apesar de tudo não deve ser ignorado quando se trata de assuntos sociais.

Os efeitos positivos do Liberalismo sobressaíram com relação aos demais modelos econômicos e de organizações sociais. Efetivamente o Liberalismo foi o modelo que melhor permitiu o avanço da humanidade nas mais diversas áreas, seja financeiro, tecnológico, científico ou social. Apesar disso para a manutenção do modelo é necessária vigilância para que a lei não seja usada como ferramenta de espoliação, o que por vezes envenena o sistema.

Considerações finais


A globalização parece ser um imparável movimento de integração entre os povos no mundo. Felizmente os fenômenos da globalização em geral são benéficos, apesar de haver exceções. Foi possível observar através dos livros pesquisados que o processo de globalização cresceu exponencialmente até chegar ao nível que observamos hoje e que por isso lhe conferimos este nome.

O tempo ainda não permitiu que os processos inerentes a globalização concertasse todos os problemas observados neste campo de pesquisa, entretanto os avanços observados desde o princípio são animadores.

Aparentemente parece haver ao longo da história da humanidade uma espécie de seleção natural de sistemas econômicos, organização social e modelos que tangem essas duas áreas de estudo. É provável que com o passar dos anos os efeitos da globalização sejam acelerados e a situação dos excluídos seja diferente e cada vez mais positiva.

Referências

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MISES, L. VON. As seis lições. 7. ed. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2009.
MISES, L. VON. Ação Humana: Um tratado de economia. 3.1 ed. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010a.
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MISES, L. VON. O cálculo econômico sob o socialismo. 1. ed. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2012.
SILVA, Â. C. D.; OLIC, N. B.; LOZANO, R. Geografia: contextos e redes. 1. ed. São Paulo: Moderna, v. 3, 2013.



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